Jipe também é sinônimo de design? Opa, mas é claro que sim!

O arquiteto gaúcho Jober Cavalli queria um Jeep confortável, moderno e confiável para viajar para qualquer lugar.

Por James Garcia Fotos Arquivo 4x4Digital

(Matéria publicada originalmente em 21 de maio de 2014)

Inspirado no Bantam BRC de 1940, com para-lamas retos e, pensando em algo mais atual, como o Jeep Liberty, Cavalli criou a frente e as lanternas traseiras.

Os faróis do protótipo Jeep Hurricane influenciaram a frente, o capô arredondado e os para-lamas com encaixe de fixação que deixavam o desenho mais rico em detalhes.


A distância entre-eixos é 32 centímetros maior que um CJ5.


Cavalli fez um curso de modelagem em fibra, para aplicar nesse Jeep.
As portas são mais amplas e possuem vidros elétricos.


Os para-lamas traseiros têm encaixes retos, e são fixados com parafusos que facilitam a remoção.

Os dianteiros são reforçados com ferro, e tem saídas de ar nas laterais, evitando o superaquecimento.

O capô foi um caso à parte porque tinha que encaixar a entrada do intercooler, localizada sobre o motor. “Pensei na questão do radiador ficar cheio de barro, por isso criamos a grade removível, facilitando a manutenção de toda a frente do jipe. E optamos por faróis embutidos e cinco aletas na grade ao invés das sete originais”, disse.


O snorkel e o amplo quadro de para-brisa foram feitos sob medida, e os limpadores fixados na parte inferior.

Projetados para “fechar” a carroceria, os pára-choques são personalizados. O dianteiro é feito em ferro com os faróis auxiliares embutidos, além do guincho elétrico de 12.000 libras.


Com o conceito do jipe formatado, era hora de fechar o conjunto, afinal com ar-condicionado, não poderia faltar uma capota de fibra.

Os vidros laterais traseiros abrem, e oferecem conforto para quem vai atrás, e o vidro traseiro tem abertura independente da tampa.

Cavalli caprichou no teto solar, que é grande, e dá sensação total de liberdade. Uma gaiola contorna todo o interior do jipe, e é fixada em seis pontos.


No painel, o arquiteto partiu do velocímetro, que ele fez questão de manter na parte central, como os Willys antigos.

Que capricho não? Uma boa mostra da engenhosidade do off-roader brasileiro.

Ficha Técnica: Jeep Cavalli.

Motor: MWM Sprint 2.8, transversal, quatro cilindros, três válvulas por cilindro, sobrealimentado por turbo e intercooler
Combustível: diesel
Cilindrada: 2.800 cm3
Potência original: 132 cavalos a 3.600 rpm.
Potencia atual, após alterações na bomba e bico injetor: 210 cavalos
Torque original: 32,7 kgfm a 1.800 rpm
Transmissão: câmbio manual Eaton L200 R3 de competição, cinco marchas mais ré. Embreagem hidráulica
Tração: 4×2 traseira com opção de 4×4 e 4×4 reduzida através da caixa de transferência Eaton, com acionamento através de alavanca no assoalho e roda-livre
Relação de diferencial: (4,09) 11×45
Direção: hidráulica
Suspensão: eixos rígidos, barras longitudinais oscilantes e barra transversal, molas helicoidais e amortecedores a nitrogênio com controle interno
Freios
Dianteiro e traseiro: disco
Pneus: Maxxis Creepy Crawler 38.5 x 14.5 R15”
Rodas: aro 15” com Beadlock cromados de 5/16’’, cortados a laser
Tanque: aço inox de 70 litros
Velocidade máxima (aferida com GPS pelo proprietário): 143 km/h
Consumo: 7,5 km/l

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