Jeep Compass, um 4×4 do Brasil para o Mundo
Quem diria que depois de um intervalo de 33 anos, a Jeep não só voltaria para o Brasil, como lançaria um 4×4 para todo o mundo, mas com estreia aqui? Definitivamente o Brasil é um país Jeep.
Por James Garcia – Fotos Divulgação
O absolutamente clássico Jeep CJ5, que começou a ser fabricado pela Willys Overland norteamericana em 1954, encerrou sua longa carreira aqui no Brasil, exatamente em Abril de 1983, quando a Ford finalizou as atividades da Jeep por essas terras.
33 anos depois, sob o comando consolidado da FCA – Fiat Chrysler Automobiles, detentora de marcas fortes como Dodge, Ram, Ferrari, Maserati, Alfa Romeo, Lancia, a Jeep volta com tudo, dando sequência ao sucesso iniciado com o Renegade, há um ano e meio atrás.
O Brasil ganhou uma fábrica ultra moderna, dotada de altíssimas tecnologia e capacidade de produção, erguida em Goiana, uma pequena cidade localizada na divisa entre Pernambuco e a Paraíba.
O projeto 551 ou “Baby Gran”, apelido que o novo 4×4 ganhou no meio jornalístico, já vinha atiçando a curiosidade há tempos.
Produzido em Goiana, Pernambuco e, posteriormente, em Mirafiori, na Itália, em Toluca, no México e na Índia, o Jeep Compass vai dar uma grande “mexida” no mercado de suv´s mundo afora e, não só, vai atrair para a marca, clientes até de sedãs.
Com um design que já estava rodando pela internet e imprensa automotiva em geral, o novo Compass chegou bem perto do que eram as projeções.
Mas, apesar de remeter totalmente ao desenho do Gran Cherokee, o novo Compass entrega personalidade própria, principalmente por suas dimensões, que preenchem o “espaço” entre o Renegade e o Cherokee.
O Compass tem 4,42 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,65 m de altura, uma distância entre eixos de 2,64 m e pesa 1751 quilos.
O porta-malas tem capacidade para comportar 410 l de bagagem na maioria das versões e 388 l na Trailhawk, pelo uso de um estepe do tamanho dos outros pneus.
Falando em visual, o mesmo é atraente e forte e em nada lembra o antigo Compass, de quem herdou apenas o nome.
O novo Jeep Compass irá brigar no mercado com veículos como Mitsubishi ASX, Kia Sportage, Hyundai ix35, Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA.
Ao abrir a porta não há como não notar a semelhança com seu irmão Renegade, só que com ainda mais qualidade. As unidades disponibilizadas para o teste (Longitude e Trailhawk) estavam com os assentos revestidos em couro, teto solar (ambos opcionais); além do volante com pegada mais esportiva e o painel e acabamentos de portas, que misturam plásticos e borrachas de qualidade, com acabamento detalhado, sem rebarbas de soldas ou pontas aparentes.
O assento do motorista tem regulagens elétricas do motorista e o espaço interno é suficiente para acomodar cinco passageiros adultos com conforto e ergonomia.
Ao ligar o carro, acionando um botão, chama atenção o fato de que tanto o som como a vibração do motor diesel, não são notados. Ou melhor, você não diz que está dentro de um carro diesel. Trabalho de isolamento acústico muito bem feito.
O Jeep Compass é produzido com dois conjuntos mecânicos distintos, começando pelas versões Sport, Longitude e Limited 4×2 e a série especial de lançamento Opening Edition (versão baseada na Longitude, mas com mais equipamentos de série) que são equipadas com o motor mexicano 2.0 16V Tiger Shark bicombustível, que gera 166 cavalos e 20,5 kgfm de torque. A transmissão, para esses modelos, é automática de seis marchas, com tração 4×2 dianteira.
No lançamento realizado entre 26 e 28 de setembro, em Recife, a marca optou por mostrar aos jornalistas e dealers convidados, as versões 4×4 diesel. Ótimo! Com 170 cavalos e torque de 35,7 kgfm disponível já a partir de 1.750 giros, o Compass responde bem ao acelerador
Minha primeira volta no Compass aconteceu dentro da pista Camp Jeep, localizada ao lado da fábrica.
Feita seguindo os padrões da matriz norteamericana, a pista apresenta obstáculos de pedra e terra que simulam as mais variadas condições (subidas, descidas, inclinações, kings, caixas de ovos, passagem de água etc) e a primeira coisa a chamar a atenção é o alto poder de absorção e flexibilidade da suspensão, independente nas quatro rodas.
O motor empurra o Jeep sem dificuldades e foi um prazer testar o sistema Jeep Active Drive Low 4WD, junto ao modo Rock.
Numa grande descida foi possível testar o HDC – Hill Descent Control – quando a tração, comandada por sensores que trabalham junto aos sistemas de freios ABS, simplesmente se encarregam de reduzir toda a transmissão, praticamente levando o carro sozinho ao pé da rampa, com toda a segurança.
A suspensão dianteira e a traseira são independentes, do tipo McPherson, sendo que na traseira foi empregada uma derivação denominada suspensão Chapman. De fato ela possibilita curso mais longo no off-road, mas garante ótimo comportamento no asfalto.
Embora mire um público ainda mais urbano que o Renegade, a versão Trailhawk do Compass é um 4×4 que pode e deve ser usado em lugares mais “encardidos”. Basta o motorista conhecer o que tem em mãos e ter disposição para tal.
Quem protagoniza ótima dupla como o motor é a transmissão automática de 9 marchas, dotada de tração 4×4 com o famoso Select Terrain, onde o condutor opta pelos modos de condução Automático, Lama, Areia e Neve. O Trailhawk conta também com o modo Rock (mais redução e torque), que o deixa apto para aventuras mais exigentes. Além disso, ele é dois centímetros mais alto e tem os para choques mais estreitos e inclinados, evidenciando melhores cursos de entrada e saída. O maior vão livre foi obtido principalmente por diferenças de mola, mas os pneus todo-terreno também ajudam na conta.
Completam o conjunto dois ganchos dianteiros e um traseiro, para possíveis operações de ancoragem e uso de cintas, cabos e guinchos.
O Trailhawk tem um ângulo de ataque de 29,1º, ângulo de saída de 33,1º, ângulo de rampa de 23,7º e vão livre de 22,9 cm. O sistema Jeep Active Drive Low 4WD é padrão, como é em todas as versões diesel, mas essa é a mais off-road.
No asfalto a percepção também é positiva. Ao ser exigido, o motor ruge mais alto e ganho velocidade de forma linear e atinge os 100 km/h em pouco mais de 10 segundos. Para viagens com velocidade de cruzeiro, a cerca de 120 km/h, a faixa de 1.800 giros é ideal.
A velocidade máxima é de 194 km/h e, de acordo com o fabricante, o consumo de combustível em ciclo urbano é de 9,8 km/l e na cidade, 11,4 km/l.
A diferença de comportamento maior entre o Trailhawk e o Longitude é o comportamento da suspensão, levemente mais dura na versão destinada ao fora de estrada, afinal ele tem de oferecer o melhor dos dois mundos. O Longitude, por não ter compromisso com terra e aventura, roda um pouco mais macio. Mesmo assim pode levar seu dono e acompanhantes onde a maioria dos carros não vão.
Se a proposta do comprador for off-road de uso leve, o Longitude cai como uma luva, por com R$ 132,990 o cliente terá um Jeep diesel e 4×4 dentro da garagem. A versão Trailhawk é o topo de linha da família e custa R$ 149.990. É um veículo bem completo e a concorrência vai ter de suar para chegar junto.
A indústria nacional vive momentos, no mínimo, muito diferentes, com a percepção dos jovens consumidores, queda no número de vendas e mudança de mercado. Mas o Jeep Compass vai na contramão das estatísticas, criando praticamente um novo nicho no mercado de SUV´s, colocando-se como criador de tendências.
Ótima notícia para o off-road nacional!
Jeep Compass Trailhawk
Ficha Técnica – Jeep Compass Trailhawk 2.0 Diesel AT9 4×4
MOTOR | 2.0 MultiJet II | |||||
características | Número de cilindros | 4 | ||||
Posição | em linha | |||||
Cilindrada total | 1.956 cm³ | |||||
Diâmetro x Curso | 83 x 90,4 mm | |||||
Ciclo – Tempos | Diesel – 4 tempos | |||||
Taxa de compressão | 16,5:1 | |||||
Aspiração | Turbo | |||||
performance | Diesel | |||||
Potência máxima ABNT | 170 cv a 3.750 rpm | |||||
Torque máximo ABNT | 35,7 kgfm a 1.750 rpm | |||||
distribuição | Número de válvulas por cilindro | 4 válvulas | ||||
Eixo comando de válvulas | 2 no cabeçote | |||||
alimentação | Injeção eletrônica | Injeção Direta Multijet II | ||||
Bomba de combustível | Bomba de alta pressão (1.600 bar) | |||||
TRANSMISSÃO | tração | 4WD | ||||
câmbio | Número de marchas | 9 à frente e uma à ré | ||||
Relações de marcha | 1ª | 4,700 | ||||
2ª | 2,840 | |||||
3ª | 1,910 | |||||
4ª | 1,380 | |||||
5ª | 1,000 | |||||
6ª | 0,810 | |||||
7ª | 0,700 | |||||
8ª | 0,580 | |||||
9ª | 0,480 | |||||
Ré | 3,805 | |||||
diferencial | Posição | incorporado à caixa de câmbio | ||||
Grupo de redução | coroa e pinhão com dentes cilíndricos helicoidais | |||||
Relação de redução (Final) | 4,334 | |||||
FREIOS | Comando | hidráulico c/ comando a pedal e ABS/ESC de série | ||||
rodas anteriores | Sistema | a disco ventilado, com pinça flutuante e um cilindro de comando por cada roda | ||||
Diâm. x esp. do disco | 305 x 28 mm | |||||
rodas posteriores | Sistema | a disco sólido, com pinça flutuante e um cilindro de comando por cada roda | ||||
Diâm. x esp. do disco | 278 x 12 mm | |||||
Corretora de Frenagem | Corretora eletrônica – EBD | |||||
freio de estacionamento | Comando elétrico com atuação nas rodas posteriores através de motor nas pinças de freio | |||||
DIREÇÃO | Sistema | Sistema com pinhão e cremalheira com assistência elétrica | ||||
Coluna de direção | Coluna de direção articulada com juntas universais com reg de altura e profundidade | |||||
Diâmetro mínimo de giro | 11,3 m | |||||
SUSPENSÕES | dianteira | |||||
Tipo | Mc Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora | |||||
Amortecedores | Hidráulicos e pressurizados | |||||
Elemento elástico | Mola helicoidal | |||||
traseira | ||||||
Tipo | Mc Pherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora | |||||
Amortecedores | Hidráulicos e pressurizados | |||||
Elemento elástico | Mola helicoidal | |||||
RODAS | 6,5J x 17″ | |||||
PNEUS | Tipo | 225/60 R17 | ||||
MEDIDAS | externas | |||||
Comprimento | 4416 mm | |||||
Largura da carroceria | 1819 mm | |||||
Largura entre retrovisores | 2033 mm | |||||
Altura | 1654 mm | |||||
Distância entre eixos | 2636 mm | |||||
Bitola dianteira | 1540 mm | |||||
Bitola traseira | 1540 mm | |||||
Ângulo de entrada | 29,1° | |||||
Ângulo de saída | 33,1° | |||||
Ângulo de rampa | 23,7° | |||||
Altura mínima do solo | 228,6 mm | |||||
internas | ||||||
|
compartim. de bagagem | |||||
Capacidade com banco traseiro em posição normal | 388 litros | |||||
Capacidade com banco traseiro rebatido | 1.181 litros | |||||
RESERVATÓRIOS | Tanque de combustível | 60 L (incluindo reserva de 8 L) | ||||
DESEMPENHOS | ||||||
velocidade máxima | 194 km/h | |||||
Aceleração de 0 a 100 km/h | 10 s | |||||
CONSUMOS | Ciclo estrada | 11,40 km/l | ||||
Ciclo urbano | 9,80 km/l | |||||
PESOS | total (kg) | |||||
Peso em ordem de marcha | 1.751 | |||||
Capacidade de carga (5 pessoas + 50 kg) | 400 | |||||
Carga máxima rebocável (kg) Reboque sem freio | 400 | |||||
Carga máxima rebocável (kg) Reboque com freio | 1.500 | |||||
Relação peso / potência | Diesel | 10,3 kg/cv | ABNT |
Estou muito entusiasmado com o lançamento. Ainda não encontrei nenhum vídeo com ele na lama!
James Reyner boa análise
Gostei do carro, boa análise mesmo, motor parece reconhecer a necessidade do dono, mesmo motor da Toro Diesel, o consumo se mostra dentro da “normalidade” humana. Vai fazer muito sucesso. 133-150mil, sonho de consumo.
Gostei da tendência que estão impondo.
Freddy Seleme verdade.
Euclides Menezes, Rafael Falcão Leão
Edgard Horschutz
Máquina linda!
Muito bonito
Mais um para ir no shopping…
Concordo. Dá pra ter ele pra embelezar os shopping e uma Tr4 manual pra brincar fds.
Muito top
Rafael Verino Alan Aquino Luiz de França Victor Carvalho Aragão Filho Dayanna Nunes Marcel Feitosa
vai ARREBENTAR de vender!!!… tá lindo
PERGUNTEM O O PREÇO DOS FAROIS E RETROVISORES ANTES DE COMPRAR
A FIAT mais uma vez vai estragar o nome do Jeep.
O mesmo câmbio do Renegade e Toro.
Vai cagar no carro.
É uma pena não ser do Brasil para os brasileiros com a mesma tecnologia e itens de série como é para o resto do mundo
Limdo jeep sempre
na frente
Sobe até rampa molhada de shopping, sensacional.
Mais um para me pedir ajuda com o guincho kkkk
Compass eh velho projeto da Chrysler. Esse modelo apresentado como desenvolvido no Brasil nao passa de uma modernizacao do velho Compass lancado pela montadora nós USA em 2005.
O projeto do pioneiro Compass foi desenvolvido em chassi e power training desenho Mitsubishi na Planta de Belvidere Illinois
Adriano Gurgel
Mt lindo…
Lindo, só é uma pena ser Fiat…
Lindo carro
Lindo .
Quero 1 pra me manda 1 desse air kkkkkkkk
Lindo.
Meu Deus me dê condições senhor.
Uns dizem q não anda na lama, outros dizem q serve pra ir shopping. Td perfeito, não moro na roça, gosto muito de shopping e amo jeep! Então será meu par perfeito com esse design q me chama!
Só falta as finanças me ajudarem! Mais Deus é fiél!!! Rsrs…
Vou varer meu cofre, e vou buscar um
Carro top
Jeep Compass 1.4 Fire.
Economia acima de tudo.
Elenice Hughes
Mais top ainda
Lindo
Olha Adão Ramos Costa Filho
Este e uns dos meus sonhos,Deus diz que faras a vontade do meu coração EU CREIO EM NOME DE JESUS CRISTO ALELUIA.
Carro lindo
Eu quero um desse
Mezak Castro
Muito lindo
Pena que não é pra mim
Não presisso mentir e dizer que vou comprar
Meu sonho!
Nossa
Já melhorou um pouco
Consertando a cagada do anterior né Jeep
Que ficou uma aberração de feio!
Provavelmente vcs viram que não teve aceitação
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Carlos Alberto Oliveira
Jeferson Carvalho
Muito caro, vou observar Hyundai creta e honda wrv
Orra
Lido
Quero um desse sair no meu consorcio
Vinícius Pônzio Lacerda