Esse Willys 1961 pertence ao empresário turístico Tiago Parmegiani, residente na bela Canela, RS. Assim como em toda a região da Serra Gaúcha, a geografia de Canela, RS é muito propícia ao off-road. O Jeep foi comprado em 2011 ainda com a mecânica original em bom estado e já pintado dessa cor. O trabalho começou pela suspensão, bem modificada, que utiliza eixos da Rural, 20 centímetros mais largos que os do Jeep. O sistema usa ainda barras articuláveis do Mitsubishi Pajero Sport e as molas helicoidais do GM Opala.
Tiago adquiriu o motor VW AP 2.0, que foi todo revisado, ao mesmo tempo em que a carroceria recebia uma nova pintura. O chassi ganhou reforço com cinta de aço por cima e por baixo; foram fixados os eixos de rural com freios a disco ventilados nas quatro rodas (com pinças da S10) e ocorreu a fixação da suspensão. Depois foi instalada a direção hidráulica da GM S10, com barras de direção da F1000. Com a carroceria pronta, foram colocados calços de carroceria maiores e, na seguida, foram posicionados o motor e a caixa Clark de cinco marchas, original do GM Chevette, com o uso de flanges para acoplamento com a caixa de transferência original Willys. Os eixos cardã foram feitos sob medida, assim como os para-choques tipo asa delta dotados com berço para o guincho elétrico de 12.000 libras. O tanque de combustível localizado sob o banco do motorista deu lugar a um de plástico com maior capacidade, fixado na parte traseira. Para evitar falta de combustível, um cash tanq foi utilizado. Para deixar o bocal de abastecimento de combustível com visual melhor, Tiago usou o modelo da motocicleta RD 350. As rodas cromadas tem aros 15×10 polegadas e são calçadas com pneus recapados Mud Terrain de 33 polegadas. Na parte externa ainda foi utilizado uma capota e espelhos retrovisores ao estilo do Jeep Wrangler. O interior foi bem trabalhado, com bancos, cintos de 4 pontas, volante e gaiola de competição baseada em veículos norte americanos. Há mais espaço interno e mais pontos de proteção. “Na prática, o jipe ficou muito bom de andar, tem força suficiente e é bem confortável na cidade. Ele está com a aparência que eu queria, por um custo beneficio muito bom. Usei mecânica simples e eficiente, com manutenção barata”, comentou. Sem dúvida, uma preparação equilibrada e eficiente. Ficha técnica Motor: VW AP 2.0, longitudinal, quatro cilindros em linha, duplo comando no cabeçote, quatro válvulas por cilindro. Cilindrada: 1.984 cm3 Potência: 145,5 cavalos a 6.250 rpm Torque: 18,4 kgfm a 5.750 rpm Taxa de compressão: 10,5:1 Diâmetro x curso: 82,5 x 92,8 mm Combustível: gasolina Alimentação: injeção multiponto sequencial Refrigeração: água Transmissão Câmbio: manual de cinco velocidades + ré Tração: 4×2 com 4×4 e 4×4 reduzida optativa através de caixa de transferência Willys Overland Suspensão Dianteira e traseira: eixos r[igidos, barras Mitsubishi Pajero Sport, molas helicoidais GM opala Direção: hidráulica GM S10 Freios Dianteiro e traseiro: discos ventilados nas quatro rodas, pinças da GM S10 4×4 Rodas: cromadas 15×10” Pneus: 33” x 12.5 x 15, mud terrain, recapados Dimensões (mm) Comprimento: 3.600 Largura carroceria: 1.500 Largura total com retrovisores e estribo: 1.900 Altura total: 2.100 Altura com para-brisa rebatido: 1.500 Vão livre: 570 Passagem em água: 1.100 Bitola: 1.250 Entre-eixos: 2.100 Peso: 1.350 kg Capacidade de carga: 400 kg Velocidade máxima: 120 km/h Tanque de combustível: 65 litros Consumo Cidade: 7km/l Estrada: 11 km/l Acessórios: Guincho elétrico Winch 12.000, gaiola tipo competição, eixos de Rural “canela grossa” revisados, calço de carroceria da Ford F-4000 de 2,5”, barras de direção da F-1000, tanque de 60 litros na traseira, cash tank de 2 litros, parachoques, estribos laterais e suporte de estepe e galão especiais, bancos concha, cintos de 4 pontos, volante de competição, pedaleira suspensa, retrovisores tipo Wrangler, relógios de pressão de óleo, temperatura, voltímetro, combustível e contagiros, capota conversível verde militar.
Voces dizem que esse CJ tem suspensão independente , mas ao mesmo tempo dizem que tem eisxo rigido da Rural , algo ai não bate , suspensão independente se entende por uma suspensaao que funciona independente da outra nos quatro pontos de sustentação do veiculo e com eixos tambem articulados , desde que passe a usar eixo rigido ja deixou de ser uma suspensão independente uma vez que para um lado subir o outro tem que nescessariamente descer , caso contrario não funciona , na suspensão independente cada ponto de sustentação funciona livre do outro , ou seja eles podem subir e descer juntos , cada um tem seu curso livre do outro , então se esse CJ tem eixo de Rural , não pode ter suspensão independente
Olá Haroldo, você está correto, ou é independente ou é eixo rígido. Mesmo que esse CJ tenha sido bem alterado, ainda se trata de eixos rigidos. Devidamente revisado, obrigado pela leitura e pela mensagem!
Tenho um CJ5 65 e ja fiz de tudo pra suspensão mas não fica bom. A traseira bate seco. A minha suspensão está com feixe de mola de Toyota, jumelo revolver invertido e esta com pneu 33×15. Pode me dar dica de melhorar essa batida seca? Obrigada
Olá Claudia, tudo bem? De longe é complicado fazer uma análise ou dar um diagnóstico. Jeep CJ é “durão” por natureza, mas não é para bater seco. O feixe da Toyota, teoricamente, deveria dar uma aliviada nessa sensação, desde que tenha sido bem instalada. Também não seio que dizer do jumelo revolver invertido, só com uma análise mais próxima ou, via fotos, eu poderia tentar ajudar. A “pneuzada” instalada aí no Jeep também pode colaborar para o efeito de batida seca. Dê uma verificada nos feixes, nas peças de fixação dos mesmos, no amortecedor (e suas fixações), no chassi (trincos e rachaduras também causam batidas), conexão com a carroceria. Enfim, existem “N” fatores que podem causar o incomodo. Uma boa melhoria para os Jeep é a instalação e amortecedores com várias opções de regulagem. Colocar um pouco de peso (lastro), na traseira, também pode funcionar. Mande mais informações, ok?